A bióloga diz que as garrafas PET têm aumentado a sua presença no mercado de embalagens. Não existem dados precisos sobre essa participação, mas é fácil para qualquer consumidor constatar que já não é mais possível encontrar nas gôndolas dos hipermercados refrigerantes acondicionados em garrafas de vidro retornável. Isso ocorre por dois motivos. Primeiro, porque as embalagens descartáveis usam menos matéria-prima do que as concorrentes. Segundo, porque são muito mais leves. Além disso, os vasilhames retornáveis precisam voltar às fábricas de bebidas para sofrer um processo de lavagem antes de serem reutilizados.
Apesar disso tudo, aponta a bióloga, as garrafas de vidro levam vantagem sobre as PET no que se refere à emissão de CO2 e ao consumo de energia, se consideradas distâncias de distribuição de até 400 quilômetros. “A redução, nesse caso, gira em torno de 50% nos dois parâmetros considerados”, afirma. Para chegar a essa conclusão, Andréa levou em conta a matéria-prima, a energia e o combustível consumidos na fabricação, transporte das embalagens e coleta para disposição final.
“Muitas pessoas não compram hoje bebidas acondicionadas em garrafas de vidro porque simplesmente não as encontram nos supermercados”, arrisca. Outra medida bem-vinda, prossegue a bióloga, seria a definição de uma legislação que estabelecesse critérios e limites para a definição das embalagens.
O vidro, esclarece, tem um ciclo fechado. As garrafas são simplesmente lavadas e reutilizadas ou os seus cacos dão origem a uma outra embalagem, para o mesmo fim. Já as garrafas plásticas são utilizadas uma única vez e o material, ao ser reciclado, existem dificuldades para ser empregado no acondicionamento de alimentos.
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